Saúde

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Sinopse

Entrevistas e reportagens com especialistas sobre as novas pesquisas e descobertas na área da saúde, controle de epidemias e políticas sanitárias.

Episódios

  • Cientistas franceses criam lentes espirais que melhoram nitidez na correção de distúrbios visuais

    16/04/2024 Duração: 05min

    Quem precisa de óculos para corrigir miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia conhece os limites e a dificuldade no uso das lentes de contato. Já os óculos multifocais, apesar de confortáveis, exigem adaptação e a correção nem sempre é perfeita. Mas, um novo tipo de lente de contato poderá resolver esse problema. Ela foi inventada pelo optometrista francês Laurent Galinier, com a colaboração do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS).  Taíssa Stivanin, da RFINo início, a ideia de Galinier era ajudar os pacientes que sofrem de uma doença genética chamada Queratocone, que altera a forma da córnea, a enxergar melhor. O especialista francês então inventou uma lente espiral: os feixes de luz giram dentro da lente e criam um vórtice ótico, o que proporciona um foco preciso, independentemente da distância e da claridade.Para aperfeiçoar sua invenção, em 2018 Galinier procurou dois cientistas do CNRS para esclarecer dúvidas em Óptica, a área da Física que estuda os fenômenos associados à luz

  • “Covid-19 não é uma doença sazonal e continua grave”, diz epidemiologista do Instituto Pasteur

    09/04/2024 Duração: 06min

    Quatro anos depois do início de uma das piores epidemias da história da humanidade, pesquisadores em todo o mundo continuam analisando a evolução das variantes e outros dados obtidos durante o surto de Covid-19. O objetivo é prevenir e preparar a comunidade internacional no caso do surgimento de uma nova pandemia. Desde o aparecimento do vírus SARS-CoV-2 em dezembro de 2019 até janeiro de 2024, a estimativa é que mais de 360 milhões de pessoas tenham contraído a doença, provocando, oficialmente, cerca de 7 milhões de mortes, segundo a OMS. Mas, na realidade, dados mostram que a Covid-19 matou cerca de 25 milhões de pessoas, isso sem contar os efeitos indiretos da epidemia. Entre eles, o aumento do número de casos de depressão, por exemplo, ou o impacto econômico gerado pelas medidas de lockdown e distanciamento social, no auge da crise.Além disso, a probabilidade da emergência de um novo vírus dessa gravidade aumenta com as mudanças no meio ambiente, provocadas pelo aquecimento global. Neste contexto, a coord

  • Cientista explica como doping genético é possível; atletas poderão ser testados nos Jogos de Paris

    02/04/2024 Duração: 05min

    A poucos meses dos Jogos Olímpicos de Paris, o doping genético se tornou uma preocupação concreta dos organizadores, apesar de, até hoje, nenhum caso ter sido oficialmente detectado. A RFI Brasil esteve no laboratório do pesquisador francês Bruno Pitard, em Nantes, no oeste da França, que explicou como as técnicas de manipulação genética tornam essa prática possível. Taíssa Stivanin, da RFIEm abril do ano passado, o Parlamento da França adotou um projeto de lei que autoriza o Laboratório Francês de Antidoping, na região parisiense, a recolher amostras de sangue e realizar testes genéticos mais sofisticados, que poderiam detectar mutações naturais ou outras manipulações genéticas em atletas.Elas incluem as técnicas do uso RNA mensageiro, um tipo de ácido nucleico que sintetiza proteínas e leva a informação para o citoplasma – uma região da célula localizada entre o núcleo e a membrana plasmática. O RNA mensageiro funciona como um manual de instruções que vai ensinar à célula como as sequências de proteínas dev

  • Leucemia pode ser silenciosa; saiba quando suspeitar da doença

    12/03/2024 Duração: 05min

    Neste ano, cerca de 11 mil novos casos de leucemia serão registrados no Brasil. Pesquisas mostram que o número de doentes cresceu entre 2007 e 2016. Um dos motivos, apontam os especialistas, é a dificuldade em realizar diagnósticos precoces. Taíssa Stivanin, da RFIO cardiologista Eurico Correia, de 67 anos, levou um susto quando descobriu que tinha uma forma de leucemia crônica, em 2011. Sem sintomas, ele só procurou um médico porque percebeu que havia uma pequena alteração em seu hemograma. Ele repetiu o exame, mas só houve consenso sobre o diagnóstico meses depois.“Fiz exames hematológicos, cardiovasculares e um PET-CT, que é uma tomografia do corpo todo para determinar o grau de disseminação de uma doença ou infecção. Demorei entre um mês e meio e dois para concluir todos esses exames e é óbvio que fiquei emocionalmente desgastado. Mas continuei trabalhando normalmente. Afinal, não sentia nada”, contou o médico à RFI.Após todos os exames, o cardiologista descobriu que tinha leucemia linfocítica crônica. El

  • Cirurgiã vascular explica por que quem tem varizes deve continuar a fazer exercícios

    05/03/2024 Duração: 06min

    Ter varizes não é um impedimento para fazer exercícios, explica a cirurgiã vascular Nathassia Domingues, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pelo contrário: a atividade física é uma aliada dos pacientes e deve ser praticada com regularidade, explicou em entrevista à RFI. Taíssa Stivanin, da RFI“Existe um mito de que a atividade física pode piorar as varizes e dilatar as veias, mas é o contrário. Quanto mais a gente faz atividade física, mas trabalha a bomba muscular da perna e melhora nossa circulação”, diz Nathassia. As varizes são veias dilatadas que podem prejudicar a circulação e, sem tratamento, causar problemas sérios para a saúde. “O sangue dentro da veia circula do pé para o coração, ou seja, de baixo para cima e contra a força da gravidade. Ela então tem que fazer esse esforço, principalmente quando trabalhamos sentados ou em pé, para o sangue voltar para o pulmão e continuar circulando pelo coração”, detalha. É por essa razão que medidas simples, como colocar as pernas

  • Crianças superdotadas também podem ter dificuldades de aprendizado, dizem especialistas

    20/02/2024 Duração: 08min

    Quantos mitos você já ouviu sobre as crianças superdotadas? A imagem do bom aluno, que tira 10 em tudo, ou que tem um talento extraordinário em algumas áreas, é apenas um dos muitos clichês que cercam as chamadas pessoas com altas habilidades ou inteligência considerada superior – ou seja, acima de cerca de 98% da população mundial. Na vida real, a situação é bem diferente. Os superdotados que passaram por testes elaborados e validados cientificamente, de fato se destacam pelas suas capacidades cognitivas excepcionais. Uma delas é a memória de trabalho, que permite o armazenamento temporário de informações a curto prazo.Mas essa diferença também pode, em alguns casos, ser acompanhada de outras patologias, como o Distúrbio do Déficit de Atenção, por exemplo, com ou sem hiperatividade, além de outros problemas. Essa combinação "explosiva" pode gerar diversas dificuldades, inclusive na escola.Este é o caso do francês Gelis, 12 anos, que apesar das suas capacidades intelectuais brilhantes, também sofre de dislexi

  • Robôs inteligentes chegam ao mercado para ajudar idosos em casa e pacientes nos hospitais

    13/02/2024 Duração: 05min

    A era dos chamados robôs de serviço está apenas no início, mas em plena expansão: com o desenvolvimento acelerado da Inteligência Artificial, a estimativa é de que esse mercado atinja cerca de US$ 40 bilhões até 2028. A demanda cresce em vários setores, incluindo o da saúde. Na França e outros países, falta mão de obra nos hospitais e estabelecimentos que atendem idosos. Taíssa Stivanin, da RFIJason Poiblaud é diretor técnico da AI Robotics, uma empresa francesa situada em Marselha, no sul do país, onde trabalham cerca de 30 pessoas, a maior parte engenheiros especializados em diferentes áreas da Inteligência Artificial.Há cerca de três anos, ela fabrica dois robôs inteligentes: Robby e Stellar. Eles foram criados para assessorar os profissionais da saúde em hospitais e casas de repouso para idosos e também ajudar aqueles que buscam viver por mais tempo sozinhos em casa, com mais autonomia.Robby deve estar disponível no mercado até o final do ano e atualmente está sendo testado em uma clínica particular de To

  • Conheça o pesquisador francês que conseguiu rejuvenescer células centenárias

    06/02/2024 Duração: 05min

    Por que nós envelhecemos? O que acontece dentro das nossas células com o avanço da idade e como reverter esse processo? Em suas pesquisas, o biólogo francês Jean-Marc Lemaitre, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa de Montpellier, no sul da França, já provou que é possível rejuvenescer células e, no futuro, ajudar as pessoas a envelhecer melhor. Taíssa Stivanin, da RFIEm 2011, Jean-Marc Lemaitre conseguiu uma proeza: rejuvenescer células senescentes, ou seja, que deixaram de se replicar, de um homem de mais de cem anos. Elas voltaram a ser embrionárias e conservaram essas características após sofrerem novas divisões.“Imagine quantas portas essa nova descoberta abre? Nossa hipótese, no início, era que, quando nós envelhecemos, nossas células também envelhecem. Quando isso acontece, ou elas sofrem danos quando devem se reconstituir, ou não são mais capazes de se reconstituir”, explica.Muito antes dessa descoberta, Jean-Marc Lemaitre estudou, no início de sua carreira, a chamada replicação do genoma, que

  • Cientistas franceses criam nova molécula para tratar depressão grave

    23/01/2024 Duração: 05min

    A depressão atinge até 5% das pessoas em todo o mundo e se tornou uma epidemia global. Esse número tende a crescer nos próximos 20 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de casos explodiu após a pandemia de Covid-19, por conta das restrições sociais, mas também dos efeitos provocados pelo vírus no cérebro. Taíssa Stivanin, da RFIHoje os antidepressivos que existem no mercado contra a depressão são ineficazes em cerca de 40% dos pacientes. Mas, uma nova alternativa terapêutica traz esperança para casos mais graves e resistentes aos medicamentos atuais.A descoberta que pode revolucionar o tratamento da doença foi feita pela equipe da neurobiologista francesa Jocelyne Caboche, diretora de pesquisa do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Cientifica), do Inserm (Instituto de Pesquisas Médicas da França) e da universidade francesa Sorbonne.Em suas pesquisas, ela estudou uma proteína, a Elk-1, encontrada dentro dos neurônios, que age contra a depressão. Isso possibilitou a criação de uma molécula

  • O sofrimento de quem tem endometriose, doença que atinge até 10% das mulheres em idade reprodutiva

    16/01/2024 Duração: 08min

    As dores intensas provocadas pela endometriose, que às vezes leva anos para ser diagnosticada, transforma a vida de muitas mulheres em um inferno no cotidiano. Taíssa Stivanin, da RFIA endometriose é uma doença crônica caracterizada pelo crescimento anormal do tecido do endométrio, que reveste a cavidade uterina. Durante o período menstrual, ele se transforma e depois descama, o que leva a hemorragias, inflamação e fibrose.Restos desse tecido endometrial podem então ser encontrados nos ovários, na bexiga, no reto e até fora da bacia, além de outras partes do corpo, o que caracteriza a doença. As dores provocadas por esse processo inflamatório são descritas pelas pacientes como insuportáveis, mas muitas acreditam, ou foram levadas a acreditar, que esse mal-estar é normal e está apenas relacionado à menstruação.Este é o caso da jovem francesa Caroline, 31 anos. Ela tem endometriose profunda com infiltração intestinal. Além das dores que sente durante o período menstrual, os sintomas digestivos também atrapalham

  • Hipertensão arterial pode ser silenciosa e ter consequências graves sem tratamento

    09/01/2024 Duração: 08min

    A hipertensão arterial, ou pressão alta, atinge cerca de 1 bilhão e 280 milhões de pessoas no mundo. A doença provoca uma pressão excessiva na parede das artérias e o coração do hipertenso precisa fazer um esforço maior para distribuir o sangue no corpo, o que acaba sobrecarregando os órgãos. O diagnóstico é feito quando são detectadas duas medidas acima de 14.9 mmHg (ou 14 por 9).  Sem tratamento, a hipertensão pode ter consequências graves e causar derrames, infarto, insuficiência cardíaca e problemas renais. Ela pode ser primária, sem causa definida, ou secundária. Neste caso, normalmente está associada a outra doença pré-existente. Os sintomas são variados e incluem vertigens, dores de cabeça, problemas visuais e até zumbidos no ouvido. Mas, muitas vezes, a doença pode passar despercebida - e aí é que mora o perigo.O diagnóstico precoce previne as complicações. Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano passado, mostrou que 76 milhões de mortes poderiam ser evitadas entre 2023

  • Fim da pandemia e novas armas contra o câncer: veja os assuntos que marcaram a área da saúde em 2023

    26/12/2023 Duração: 13min

    O ano de 2023 foi marcado pelo fim da pandemia de Covid-19. O SARS-CoV-2 não desapareceu e ainda provoca picos de contaminações, mas a vida voltou ao normal após três anos de restrições e graças ao desenvolvimento de vacinas que evitam formas graves e mortes pela Covid-19. A tecnologia do RNA mensageiro, usada nos imunizantes da Pfizer e da Moderna, que permitiram o controle da doença, recebeu o prêmio Nobel de Medicina em 2023. A cientista húngara Katalin Karikó, de 68 anos dividiu a recompensa com o pesquisador americano Drew Weissman.Karikó descobriu, em 2005, como impedir o sistema imunológico de desencadear uma reação inflamatória contra o RNA mensageiro fabricado em laboratório. As pesquisas da bioquímica foram a base do desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19, que permitiram o controle epidêmico.Trabalho remoto só traz vantagens?Em 2023, algumas transfomações sociais geradas pelas medidas adotadas durante a circulação mais ativa do vírus, entre 2020 e 2022, foram incorporadas definitivamente ao c

  • Vírus da Covid-19 contamina sistema nervoso central, mostra estudo do Instituto Pasteur

    12/12/2023 Duração: 05min

    O vírus SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19, continua sendo alvo de descobertas surpreendentes. A última delas envolve sua capacidade de contaminar o sistema nervoso central, mesmo em casos assintomáticos. Esta foi a conclusão de um estudo feito por uma equipe do Instituto Pasteur, no 15º distrito de Paris, publicado em julho na revista Nature Communications. O médico veterinário brasileiro Guilherme Dias de Melo integra o projeto desde 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19.  Taíssa Stivanin, da RFIEm entrevista à RFI no laboratório do instituto francês, onde atua desde 2014 como pesquisador, Guilherme Dias de Melo contou que o aparecimento do SARS-CoV-2 deu início a uma “revolução” em centros de pesquisa em todo o mundo para compreender melhor a doença e as sequelas causadas pela infecção. “Quando a pandemia foi declarada, o Instituto Pasteur criou uma força-tarefa e todas as equipes interessadas foram mobilizadas para ajudar nas pesquisas para entender como o vírus atuava", diz. "Nosso objetivo era

  • Infectologista explica por que alguns antibióticos estão cada vez menos eficazes

    05/12/2023 Duração: 05min

    A resistência aos antibióticos leva à morte de mais de um milhão de pessoas por ano no mundo, segundo um estudo publicado em 2022 na revista científica The Lancet. Em entrevista à RFI, o infectologista francês Jean-Paul Stahl, do Hospital Universitário de Grenoble, explicou por que alguns desses medicamentos deixaram ao longo do tempo de agir contra as infecções. Taíssa Stivanin, da RFIO surgimento dos antibióticos, que combate as infecções bacterianas, é considerado como um dos maiores progressos da Medicina. A penicilina, descoberta pelo médico inglês Alexander Flemming em 1928 e usada pela primeira vez nos anos 1940, revolucionou a prática na área. Mas, o advento dessas moléculas também revelou o mecanismo de resistência de alguns micróbios que sempre existiu.“Esse mecanismo existe há muito mais tempo do que os antibióticos. Para prová-lo, os cientistas encontraram bactérias fossilizadas e conseguiram cultivá-las em laboratório. Os antibióticos apenas revelaram esse mecanismo, mas não provocaram seu aparec

  • A linguagem neutra pode ajudar na luta contra a percepção de gênero? Veja o que diz a Ciência

    21/11/2023 Duração: 06min

    A linguagem inclusiva e o uso de palavras neutras podem influenciar o cérebro e mudar a percepção do gênero na comunicação? Um estudo publicado recentemente pela equipe do pesquisador francês Léo Varnet, do CNRS, o Instituto Francês de Pesquisa Científica, mostra que a linguagem neutra, na verdade, não é tão neutra assim. Taíssa Stivanin, da RFIO debate sobre a linguagem inclusiva divide gramáticos e ativistas de gênero no Brasil e está presente há décadas na França. A Academia Francesa tem recusado novas formas de linguagem que evitem o uso sistemático do chamado masculino genérico. Um exemplo é a palavra “homem”, que pode ser usada para designar pessoas do sexo masculino e feminino.Existem diversas formas diferentes de linguagem inclusiva. Algumas se destacam na língua francesa e incluem o uso de palavras neutras nos textos, como "insubstituível", por exemplo. Esses substantivos considerados masculinos e femininos são chamados de epicenos.Outra “estratégia” do idioma francês é incluir as duas formas na mesm

  • Você conhece a SHUa? Doença rara que atinge os rins pode ser fatal sem diagnóstico

    14/11/2023 Duração: 08min

    A SHUa (Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica) é uma doença tão rara que às vezes os próprios médicos têm dificuldades em diagnosticá-la. No Brasil, o COMDORA (Comitê de Doenças Raras da Sociedade Brasileira de Nefrologia) divulgou o primeiro relatório sobre a doença em 2022, que atinge, em média, entre 2 e 5 pessoas a cada um milhão, em todo o mundo. Taíssa Stivanin, da RFIO relatório, coordenado pela nefrologista Maria Helena Vaisbish, do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostra que 56% dos pacientes são jovens mulheres de cerca de 20 anos, que apresentam insuficiência renal.“Trata-se de uma doença ultrarrara. Existe todo um programa de educação continuada para tentar ampliar o conhecimento dessa doença entre os próprios profissionais de saúde”, disse a especialista à RFI.Segundo Maria Helena Vaisbish, muitas vezes as equipes se deparam com pacientes em estado grave, com alterações sanguíneas e renais, sem ter ideia de que os sintomas possam estar relacionados à síndrome.“Para você pensar em uma doença rara

  • Saiba como identificar os transtornos obsessivos compulsivos

    01/11/2023 Duração: 05min

    Os transtornos obsessivos compulsivos (TOC) são distúrbios de ansiedade que podem atingir de 2 a 3% da população. Os pacientes que sofrem da doença têm pensamentos e impulsos incontroláveis, que levam a adotar rituais repetitivos diários, como lavar as mãos sem parar, por exemplo. A psiquiatra francesa Aurélia Schneider, que atua no hospital Bicêtre, na região parisiense, descreveu, em entrevista ao programa Priorité Santé, da RFI, como são os pensamentos obsessivos característicos do transtorno, que, em 65% dos casos, são diagnosticados antes dos 25 anos.“Esses pensamentos invadem o paciente e são, com frequência, sobre desgraças ou tragédias como incêndios, enchentes ou a morte de um ente querido. Uma série de catástrofes que a pessoa teme que aconteçam ou que ela mesma as provoque”, explicou.Os rituais do paciente com TOC podem ser variados e são conduzidos por ideias obsessivas e sem cabimento, explica a psiquiatra francesa. “Por exemplo, se eu passo do lado direito de um poste, posso proteger a vida de a

  • Como melhorar a vida das pacientes depois do câncer de seio?

    24/10/2023 Duração: 05min

    O Outubro Rosa foi criado para conscientizar sobre a importância de prevenir e diagnosticar o câncer de mama. Mas, depois que a doença aparece, como melhorar a qualidade de vida das pacientes durante e após o tratamento? Taíssa Stivanin, da RFIAntecipar soluções e colocá-las em prática é o objetivo da equipe da oncologista portuguesa Inès Vaz-Luis, do Instituto francês Gustave Roussy, uma das maiores referências mundiais no tratamento contra o câncer.A pesquisadora catarinense Maria Alice Franzoi, 34 anos, integra esse projeto há dois anos. “Sempre me interessei por pesquisa, querendo aprender mais e oferecendo estratégias mais inovadoras para os pacientes. Sempre tive essa vontade”.Maria Alice então se candidatou para uma vaga de pesquisa clínica em câncer de mama no Instituto Jules Bordet, em Bruxelas, onde ficou por dois anos.Em seguida, a oncologista brasileira foi convidada para trabalhar no instituto francês, há cerca de três anos. O foco de suas pesquisas é a personalização das trajetórias de pacientes

  • O que você ainda não sabe sobre a menopausa? Professora de Medicina da USP tira dúvidas sobre o tema

    17/10/2023 Duração: 06min

    Nesta quarta-feira, dia 18 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Menopausa, que corresponde ao último ciclo menstrual da mulher. Trata-se de um processo natural, mas ainda cercado de dúvidas e tabus. Em geral, ele é acompanhado de muitos sintomas, de intensidade variável. Taíssa Stivanin, da RFIQuando a menopausa chega e a mulher para de menstruar, ocorre também a queda brusca de dois hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona. Em média, ela acontece em torno dos 50 anos, mas a idade varia em função do modo de vida ou de outros fatores individuais. A professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), Isabel Cristina Esposito Sorpreso, criou há três anos o site Menopausando, um projeto que visa aproximar os futuros médicos das pacientes e facilitar a comunicação sobre o tema.“Existem ainda muitos mitos e dúvidas sobre o que é climatério, menopausa, transição para a menopausa ou pós-menopausa e o que é a menopausa propriamente dita”,

  • Como nosso cérebro é capaz de fabricar falsas memórias?

    03/10/2023 Duração: 06min

    E se nossa memória fosse maleável e pudesse inventar lembranças? Ao longo das últimas décadas, diversos estudos científicos comprovaram que o cérebro pode fabricar vivências, incluindo detalhes que nunca existiram.  Taíssa Stivanin, da RFIO primeiro estudo sobre as falsas memórias data de 1893 e foi publicado na revista Science. Na época, o cientista americano James McKeen Cattell realizou uma experiência informal na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para medir até que ponto nossas lembranças poderiam ser confiáveis.Ao comparar as diferenças das histórias contadas pelo 56 estudantes sobre um mesmo fato, ele passou a questionar a veracidade dos testemunhos em processos judiciais. Ao longo do tempo, a questão se tornou alvo de estudos de diferentes pesquisadores, que se interessaram às consequências dos falsos depoimentos nos tribunais.Nos anos 70, os estudos sobre as memórias fabricadas ganharam mais destaque com as experiências da psicóloga americana Elizabeth Roftus, na Universidade de Washington

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